domingo, 23 de janeiro de 2011

As Abelhas e o Gaiteiro

Esta tarde era suposto ser sobre um outro tema que não o das abelhas, mas acabou por resvalar para lá! De visita a uns amigos acabei por ficar a saber da presença de um enxame de abelhas de mel num buraco de um castanheiro. Há também quem chame às abelhas, abelhas mansas, por oposição às vespas que serão as bravas, mas há certas colmeias que, ao inspeccionarem-se, ficamos com a impressão de que as abelhas não gostam muito desta designação e quase que parecem dizer-nos, como o outro disse, "Mansa é a tua tia, pá!!"
Infelizmente o castanheiro havia sido cortado há já mais de uma semana e toda a lenha removida mais recentemente, mas foi ainda possível descobrir vestígios do enxame no local, alguns favos ainda com abelhas, infelizmente já mortas.




Não dei por criação em nenhum alvéolo, o que nesta altura, nesta zona fria dos arredores de Trancoso, não é muito de admirar.
Também nenhuma abelha forrageadora tresmalhada à procura da casa na árvore que já não estava lá...
Também nenhuma varroa, mas também não fui muito rigoroso na observação...
Um dos favos observados tinha sim casulos de traça da cera o que talvez nos indicasse que o enxame já não estaria nas melhores condições de saúde... talvez indicasse, ou talvez não? Agora é difícil de dizer, e estou convencido que os enxames em tocas de árvores, "au naturel", digamos assim, podem não funcionar da mesma maneira que nas nossas colmeias no que diz respeito à traça da cera.
De resto, apenas abelhas adultas mortas com a cabeça enfiada dentro dos alvéolos, como se vê na foto seguinte o que numa situação normal podia ser indicação de morte por fome, ou frio que provocasse a fome.




E agora algo completamente diferente...
O tema da tarde, o tal de que eu falava no início, era suposto ser: A Gaita!

(tempo para fazer render o trocadilho nas mentes mais brejeiras...)

A Gaita de Fole, neste caso Mirandesa, que eu levei a alguém entendido, para ver se apanhava umas luzes no tocar deste instrumento a meu ver fascinante!
O Celso Bento, do grupo 'Diabo a Sete', lá me deu umas dicas e já venho mais animado, embora com consciência de que "burro velho não aprende línguas" e talvez seja já um bocado tarde para aprender o Mirandês tocado!
Resta saber a reacção das abelhas quando se virem confrontadas pelo mesmo individuo de sempre, vestido com equipamento branco e de máscara, mas desta vez com um fole de cabrito debaixo do braço, e ponteira e bordão a emitirem sons jamais ouvidos naquelas paragens...


Podem saber mais sobre os Diabo a Sete em http://www.diaboasete.com/ ou então na sua página do myspace: http://www.myspace.com/diaboasete


Chin glin din pelos Diabo a Sete

Por último fiquem com o Lhaço dos ofícios, o Lhaço ou dança mirandesa é repetido quatro vezes e os pauliteiros vão mudando de posição de cada vez, isto é feito para que todas as pessoas da audiência à volta dos pauliteiros possam ver todos os pormenores da dança.
Corrijam-me nos comentários se estiver enganado sobre isto, não sou nenhum entendido em folclore Mirandês... e já agora corrijam-me também sobre as abelhas que também não falo muito bem o Abelhês!


Lhaço dos Ofícios pelos Pauliteiros de Sendim


2 comentários:

  1. e depois? vais ser um "encantador" de abelhas???
    fica aqui a dica para que a MacMel te contrate para animares o APIOCASIÃO!!!
    Estou com curiosidade de te ouvir a tocar a dita gaita de foles
    Abraços
    Pifano

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  2. Acho que seria mais agradável ouvir esfolar um gato vivo... :-))

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