segunda-feira, 19 de abril de 2010

Faça você mesmo - Cobertura para núcleo

Construir as coisas dá trabalho mas olhando ao preço a que está algum do material apícola esse trabalho vale bem a pena. Se ainda por cima se tira prazer em construir algo então tanto melhor!
Há que ter as ferramentas indicadas e material com que construir e se por acaso não se tem grande talento para a "bricolage" isso nem é assim tão importante pois esse talento e o jeito ganha-se com a prática, à custa das primeiras obras. Outra coisa que é necessária é tempo, coisa que hoje em dia parece fugir por entre os dedos!
Em relação às ferramentas é preciso muito cuidado, desde o simples martelo à ferramenta eléctrica mais avançada. Um dos grandes problemas das ferramentas eléctricas é o barulho que fazem e pessoalmente tenho vindo a sentir cada vez mais necessidade de proteger os meus ouvidos. Dos olhos já nem digo nada!
Não sou carpinteiro nem coisa do género (era desnecessário dizer isto se vissem algumas das minhas construções), mas sei que uma coisa importante é planear bem o que se vai construir, com todas as medidas, e até um desenho não é má ideia.
Eu geralmente desato a fazer as coisas e no fim é que faço os planos de construção o que já me tem trazido alguns agradáveis momentos de stress. É a chamada técnica do "disparamos primeiro e fazemos as perguntas depois"!


Cobertura para Núcleo

Cansado de construir os telhados utilizando madeira e chapa de zinco lembrei-me de fazer alguns de esferovite, em jeito de experiência, para núcleos de 5 quadros.
O esferovite utilizado é daqueles mais rijos usados no isolamento térmico de casas - roofmate ou wallmate.
Este material é bem mais prático, porque pode-se cortar até com uma navalha (cuidado com os dedos) e os parafusos apertam bem nele. Se se pintar com tinta de areia ainda deve durar bastante tempo.
Acaba por ficar bem mais barato que um telhado normal, constrói-se 15 minutos, e em principio dará mais vantagens às abelhas. Em relação ao facto de ser muito leve aí não vejo grande diferença em relação aos telhados de zinco, que geralmente têm que levar algum peso em cima pois também voam com facilidade.
Em relação ao uso de alimentadores ainda estou para ver se poderá haver aí algum problema mas penso que com o peso em cima, não vão a lado nenhum!
Nos núcleos tem lógica ter um cuidado especial com o isolamento térmico, mas também se podem usar nas colmeias normais.

Deve-se dar alguma folga para que o telhado encaixe bem no núcleo ou alça até porque algumas alças acabam por "alargar" mais do que o desejado.
No caso dos que fiz para núcleos de 5 quadros essa folga é mais ou menos de 0,5cm e as medidas são as que constam no desenho. A altura pode ser à escolha do freguês tendo atenção a não ultrapassar as medidas de altura da reversível, lusitana, etc, conforme for o caso.

Aparafusam-se as paredes e de seguida aparafusa-se o telhado que deve ser um pouco mais largo para proteger da chuva.
Se se utilizar um tipo de placas que são frisadas de um dos lados talvez seja melhor colocar a parte que tem os frisos virada para baixo de maneira a que haja ventilação entre o telhado e a prancheta, para eliminar calor excessivo e evitar que se acumule humidade na zona da prancheta devido ao calor do enxame (principalmente no inverno). Se se utilizar outro tipo de esferovite pode-se sempre dar espaço entre o telhado e a prancheta e fazer algumas aberturas para o ar circular.



Doze parafusos devem chegar e é rapidíssimo com um berbequim eléctrico! :)

6 comentários:

  1. Qual foi o resultado desta pequena invenção. Deu sucesso ou fracasso.

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  2. Bom dia!

    Bem...Não é nenhuma invenção.
    É apenas um telhado só que, em vez de se utilizar madeira e chapa na sua construção, utiliza-se apenas esferovite. É mais fácil e fica mais barato!
    Não me parece que faça uma diferença abismal, mas é do conhecimento comum que este tipo de material é bom para isolar quer do calor, quer do frio, e por isso, juntamente com o que referi antes, me parece útil.

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  3. boas novamente pensei k tinha construido toda a caixa com rofmate por isso perguntei se tinha sido sucesso que era a ver quala reaçao das abelhas com esse material.

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  4. Boas!
    Não, aqui é só o telhado... só que prolonga-se ao longo da caixa.

    Mas em relação ao sucesso ou insucesso, perdi-me um pouco no raciocínio e não lhe respondi no meu comentário anterior.
    Em relação ao sucesso ou insucesso não tenho dados registados mas acredito tenha sido uma ajuda para as abelhas, principalmente em alturas de frio (e este ano houve muitas).
    Um dos enxames que abriguei estava muito debilitado quer a nível de reservas, quer a nível de abelhas e acredito neste caso pelo menos, o esferovite tenha sido uma boa ajuda, até porque esse enxame foi lá metido ainda numa altura de muito frio!
    Mas para situações do género penso que toda a caixa em roofmate ainda seria melhor (talvez pintado com tinta de areia para que as abelhas não desfaçam o esferovite)!
    Cumprimentos

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  5. QUE COLA USA PARA O ESFEROVITE?

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  6. Cola para madeira, daquela branca, não sei bem o nome daquilo...

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